​Aos 12 anos, Maria Lucinda Alves era uma menina antipática e mau caráter, que se divertia infernizando a vida de todas as pessoas à sua volta. Ela estava em vias de ser expulsa da renomada Escola Aurora, onde estudava, quando, numa manhã de maio, foi encontrada morta em plena sala de aula, aparentemente vítima de mais uma das armadilhas que vivia preparando para os colegas.

 

 

Logo surgiram boatos de que a escola e, mais precisamente, a antiga ala onde Maria Lucinda estudara, passara a ser assombrada pelo fantasma da menina. Pessoas começaram a relatar o testemunho de fenômenos inexplicáveis e assustadores, o que provocou uma debandada em massa de alunos, forçando a Escola Aurora a concluir a construção de um novo prédio, para o qual todas as turmas foram rapidamente transferidas. O colégio recuperou, então, sua reputação, e a ala antiga, tombada pelo patrimônio histórico e, portanto, impedida de ser demolida, foi lacrada e isolada do restante do complexo escolar.

 

Treze anos mais tarde, Luciana Peçanha, 16 anos, a obstinada presidente do Grêmio Estudantil da Escola Aurora convence a diretoria a reabrir e reformar uma das salas da velha ala do colégio para que ali fosse instalada a nova sede do grêmio. E é no dia da inauguração, que coisas estranhas começam a acontecer. Uma antiga caixa de jacarandá, que havia sido doada ao grêmio pela escola, desaparece de repente, deflagrando uma série de acontecimentos perturbadores. Após sofrer dois atentados quase fatais, Luciana resolve não esperar por um terceiro e, auxiliada pelo namorado Caio, se lança numa corrida angustiada contra o tempo a fim de desvendar os segredos em torno da caixa e o porquê de ela estar sendo tão cobiçada. Mas, à medida que a investigação avança, eles vão desencavando, sem querer, histórias há muito esquecidas, que poderão, enfim, esclarecer o que de fato aconteceu a Maria Lucinda naquela trágica e distante manhã de maio.